Câmara discute piso salarial dos professores
Na sessão desta terça-feira (25), a Câmara de Vereadores de Serra Talhada recebeu o movimento de professores reivindicando o piso salarial para profissionais da educação e o plano de cargos e salários.
Representando as entidades, o professor Carlos Antônio fez uso da tribuna falando sobre a importância da Casa Legislativa durante todos os processos e pediu, mais uma vez, apoio para que fosse encontrada uma solução para esse imbróglio.
"Temos levado a causa às ruas, não pela vontade da categoria, mas pela necessidade. Estamos com nossa história de cargos e carreiras parada. Não existe valorização do profissional da educação sem passar por uma remuneração justa", disse o professor.
Ainda sobre a luta, Carlos Antônio falou da preocupação da gestão na participação das escolas durante o desfile cívico, em homenagem ao aniversário da cidade. "Nós entendemos a importância em participar do desfile, e vamos! Mas como vamos desfilar com profissionalismo quando não somos valorizados? Nós defendemos a valorização para todos. Recurso financeiro tem. Nós temos números que provam isso, não um discurso vazio, e estamos apenas defendendo o cumprimento legal dos 14,95%".
Em sua fala, o vereador André Terto chamou atenção do movimento para mais união de classe. "Enquanto a classe não se unir, não vão se fortalecer. Acabem com a rivalidade entre os sindicatos", disse Terto repugnando a postura do Secretário de Educação do município.
"Há 15 dias tem o movimento e em nenhum momento o secretário de educação veio aqui botar [a proposta] na mesa para mostrar, mas vai chegar o projeto pra aprovar. Para eles a Casa é segundo plano".
Vandinho da Saúde parabenizou o movimento pela organização. "Quero parabenizar pelo movimento pacífico, ordeiro, como deve ser feito. O piso é lei e a greve é legal".
Em seu discurso, o vereador José Raimundo disse ter esperança de que a resposta que a categoria quer, que é o piso, seja atendida. "Tenho a esperança de que a resposta que todos esperam chegue logo", disse o vereador pedindo passividade no processo de votação. "Na hora de votar, deve ser como no ano passado. Não há necessidade de se digladiar, que não tem entidade maior que a outra".
Nailson Gomes também é a favor do diálogo para a resolução do problema, mas pediu união da classe. "Se alguém disser que os vereadores são contra a causa está mentindo. Há 10 anos sou vereador e todo ano é essa peleja, mas a melhor coisa é o diálogo. É triste ver a categoria desunida. A Aprost e o Sintest estão num cabo de guerra pra ver quem ganha, mas só enfraquece a categoria", disse.
Antônio da Melancia, Rosimério de Cuca e Pinheiro do São Miguel afirmaram estar a favor da categoria e prontos para votar no projeto que satisfaça a todos.
Gin Oliveira reforçou que todos os vereadores, independente de ser oposição ou situação, estão abertos ao diálogo, principalmente para o entendimento jurídico, e que a pauta vai ser tratada como prioridade.
O presidente da câmara, Manoel Enfermeiro, também fez uso da palavra para afirmar aos presentes que a Casa vai se reunir com os sindicatos e com a gestão a fim de que essa questão seja resolvida o quanto antes.